Numa cerimônia reservada apenas a pessoas convidadas na cidade de Ipatinga, a presidenta Dilma Rousseff assinou a O.S. (ordem de serviço) que dá início à duplicação da BR-381/MG, afirmando que o governo federal recuou da proposta de adotar o regime de concessão e decidiu duplicar e promover as melhorias da rodovia por meio de obra pública.
“No passado, nós pensamos em colocar esta rodovia, este trecho, em concessão. O governo federal recuou dessa proposta e vai refazê-la por meio do sistema de obra pública, no qual a gente coloca o dinheiro a fundo perdido, porque pelo trecho de duplicação nós teríamos uma taxa de pedágio muito alta”.
Essa alteração na modalidade e tipo de duplicação ocorreu em 2010, quando o governo decidiu cancelar a licitação para duplicar a BR-381, que liga Belo Horizonte a Governador Valadares, em Minas Gerais, e, de acordo com a presidenta, foi responsável pelo atraso no início da obra. Contando com outras intervenções ao longo do trajeto, como a construção de túneis e pontes, a duplicação de 303 quilômetros da rodovia custará, ao todo, R$ 2,5 bilhões.
Dilma Rousseff disse que o modelo de concessão foi adequado para outras vias, que conseguiram alcançar valores baixos de pedágio e têm “as menores concessões cobradas neste país”. Contratos de concessão foram assinados, no início deste ano, para as obras das BRs-060/153/262, do Distrito Federal, de Goiás e de Minas Gerais, respectivamente.
A presidenta defendeu a importância da obra na BR-381/MG, lembrando pelo seu Twitter, que o trânsito intenso e o traçado perigoso da BR fez com que ela ficasse conhecida como "rodovia da morte". Durante a assinatura da ordem de serviço, ela destacou que a região do Vale do Aço em Minas, é importante produtora de matérias primas para as indústrias automobilística e naval.
“A maior importância dela não é para produtos, é para pessoas, [para] garantir a vida, mas também a qualidade de vida. Garantir que uma região - considerada uma das mais importantes do país, em matérias de produção tenha a sua infraestrutura adequada”, afirmou.
Dilma Rousseff avaliou também que a entrega de obras como a de modernização do anel rodoviário e o metrô de Belo Horizonte depende dos outros federados. “Se tiver atrasado, eu sugiro que se cobre o governo de Minas Gerais também, e não só o governo federal” disse.
Alguns manifestantes que foram impedidos de entrear na área do Estádio Lamegão, disseram que esta obra é mais uma promissa que já vem sendo arrolada há 12 anos.
A presidenta afirmou ainda que os anéis rodoviários passaram a ser fundamentais para o governo federal, já que, com o crescimento das cidades, as estradas integraram os sistemas urbanos e, com isso, o transporte de cargas passou a prejudicar o trânsito.
O trecho que liga Governador Valadares e Mariléria, num total de 90 km que só iriam receber a 3ª faixa, agora também será duplicada.
Assista aos vídeos da presença da presidenta em Ipatinga, no canal no youtube de "aTVdoPovo" pelo link: https://youtu.be/5ZvV4Z53Rhw